sábado, 18 de outubro de 2008

COMEÇAR DO ZERO...

Pergunta pra tirar muitas noites de sono: O que nos deixa tão assustados em começar uma nova vida?
Essa questão não me sai da cabeça, desde anteontem, quando assisti a um episódio de um seriado chamado 'Brothers and Sisters'.
O diálogo se travava entre a sra. Walker, que é uma senhora na faixa dos seus 60 anos, e seu irmão mais velho.
Ela teria que tomar uma decisão muito importante e radical para ela, a decisão era MUDAR-SE para uma cidade distante 1.200km da sua cidade, para ir recomeçar a vida, ao lado do seu novo amor.
Ela refletindo sobre essa pergunta, que ela mesma fez a seu irmão, disse o seguinte:

_ Sempre cuidamos de todos, menos de nós mesmos...

Nossa, como entendo bem isso; como a entendo bem...

Saindo da ficção e vindo para a vida real. 

Tenho que tomar uma decisão muito importante pra mim, mas o 'phoda' das decisões importantes são os seus efeitos colaterais em nós, que temos que tomá-la, mas principalemente nas pessoas da nossa família: mãe, pai, irmão, vó, ... e por aí vai.
Cheguei a um ponto da minha vida que estou precisando de acontecimentos novos, emoções novas, novos ares, rostos, lugares, estou cansada da mesmice e da pasmaceira a qual me condicionei por pura comodidade e por um certo tipo de pressão psicológica a qual me deixei dominar, pelo simples fato que para mim estava bom... é fácil demais se acomodar e só percebemos que estamos fartos de tal coisa, quando descobrimos, ou melhor dizendo, quando nos permitimos conhecer o novo, ousar, ou quando recebemos uma chacoalhada daquelas que nos deixa tonto, de pessoas que nos querem bem e após essa permissão que nos auto concedemos, vem o mais difícil MUDAR propriamente dito.

O que fazer agora?

Mudança interna, é uma batalha constante, onde existem duas pessoas lutando constantemente, no meu caso: EU x EU mesma...
Cá pra nós, EU mesma tá sempre em desvantagem, porque EU insiste em bater o pé e não deixa EU mesma se colocar em primeiro lugar JAMAIS... Ô bichinha teimosa que é EU e ô bichinha cordata que é EU mesma... Como adoraria descobrir um meio para colocar essas duas em sintonia. Mas enquanto não o descubro, voltemos à Sra. Walker.
Em um determinado momento, quando houve um motim dos filhos, para minar a sua decisão, ela enfrentou a todos eles e gritou:

_ Estou fazendo isso por mim, e francamente já era mais do que hora. Como é bom tomar uma decisão por mim mesma, sem pensar nos outros...

Muito lindo, maravilhoso, comovente, pontinha de inveja e sentimento de querer ser assim quando eu crescer.
Deveria ser um pouco mais fácil e sem tantos obstáculos as grandes decisões, mas infelizmente não é, e nos cabe encarar o novo de peito aberto, pés nos chão e o principal, respeitando o nosso ritmo, pra evitar que se torne um momento traumático.

A Sra. Walker deu o primeiro passo, embora no final do segundo tempo, aos 45 minutos, ela voltou atrás, desistiu e resolveu ficar ao lado da família. Tomara que tenha decidido pelo melhor e que mais pra frente ela olhe pra minha decisão e diga:

_ Quando eu crescer, quero ser igual a ela...

Vejamos querida Sra. Walker, vejamos, ainda tenho muito a pensar! 

Ah! E sobre a pergunta inicial, acredito que a resposta de quase todos será que: tudo que é novo nos excita e nos mete muito medo, por ter como destino o desconhecido!
Mas nada de pânico! Existe o GPS!!!

Boa sorte pra nós!

sábado, 6 de setembro de 2008

VERBALIZAR...

Abaixar as armas e brindar a paz
Quem sabe assim tudo se refaça
Censurar pouco faz, não cabe mais

É preciso defender ideais
Eliminar barreiras
E fincar bandeiras

Vamos gritar por basta
Sem hierarquizar a massa que está cansada dessa farsa
Verbalizar é não se calar
Verbalizar what you have in mind

Por que não inspirar ações
Juntar iguais
Lutar por mais
E mentir jamais?

Queria narrar uma nova história
Olhar pra frente
E ver essa gente pintar a cara novamente

Querer justiça
E sair às ruas pra recrutar honestos
E sabotar aqueles
Que não respeitam a ordem nem o progresso
Chega de politicalha!

Vamos gritar por basta
Sem hierarquizar a massa que está cansada dessa farsa
Verbalizar é não se calar
Verbalizar what you have in mind

* Época de eleições, vamos soltar o verbo!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

EDACE...

Mi manca l'aria
Mi manchi tu
Mi manca il modo come eravamo all'inizio
Solo non mi mancano le lacrime
Che verso ogni giorno
Come se fosse una pioggia d'inverno

Cosa faccio per cancellare questo dolore
E questa mancanza senza fine?
Dimmi se è possibile rinuovare emozioni
E sentimenti

Grido il mio dolore
Grido il tuo nome che mi fa male
Perché ormai non ci sei
E l'eco della mia voce
Mi ritorna un insopportabile vuoto
Portato da una folata di vento
Che mi assidera l'anima
E mi spacca il cuore.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

AMAR DOIS...

Você ama João. E ama Jorge. E acha que está ficando louca.
Amenize este diagnóstico. É possível – e nem tão raro assim – amar duas pessoas ao mesmo tempo. Este “ao mesmo tempo” lhe dói, não lhe parece coisa de gente séria, mas lembre-se: você ama de maneiras diferentes. Ninguém possui o poder de saciar 100% outra pessoa. Nesses vácuos é que nascem outro amores.
Você ama João e sua ternura, ama João e seu poder tranquilizante, ama João e a segurança que ele lhe dá, ama João em baixa velocidade, ama João a passeio, apreciando a vista.
Jorge, ao contrário, é mais agitado, desperta em você ansiedade e adolescência, você ama o que Jorge faz com você, e do jeito que faz: com pegada, sedutoramente.
Você ama o que João tem de paz e o que Jorge tem de visceral, você ama o que cada um deles lhe completa. O normal seria isso, amarmos mais de um para alcançarmos integralmente a nós mesmos, mas a regra é clara: não mesmo. Se vire com um só.
E a gente obedece, reza, livrai-nos de todo mal, ó Pai. Escolhe um, o ama, mas sente falta de si mesmo, de desenvolver um outro lado que este amor único não atinge. Separa, casa de novo, agora é outro amor, ama, e ainda não se sente totalmente preenchida. Um dia acontece: dois amores. Um mais constante, outro de vez em quando. Um amor adulto, outro divertido. Um amor de infância; o outro, de aventura.
Tudo isso existe, persiste, insiste em acontecer. Tudo por baixo dos panos, tudo velado, mentido, confessado apenas nos consultórios de analistas e nas mesas de bar, entre amigos de muita confiança. Será que algum dia poderemos falar disso abertamente, em voz alta, fora dos livros, do cinema, na vida cotidiana da gente?
Enquanto ninguém se atreve, mulheres e homens que atravessaram a fronteira da monogamia seguem felizes da vida – e infelizes da vida. 

Martha Medeiros

Hoje sei que é muito possível!
Mas é bom lembrar que AMAR DOIS, é SOFRER DOIS também.
Haja coração pra tanto amar e tanto sofrer.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

ALVO DE ESTIMAÇÃO...

Talvez você não esteja ligando o nome à pessoa, mas seguramente você já foi ou já teve um alvo de estimação e vou te provar isso.
Sabe aquelas vezes que você escolhe alguém e desconta toda a sua raiva, frustração, chateação do dia-a-dia, na pessoa que não tem A-B-S-O-L-U-T-A-M-E-N-T-E nada a ver com a situação??? Você simplesmente mira, fecha os olhos e descarrega tudo que está entalado e que você pensou que fosse capaz de engolir com um copo d'água, mas não se viu capaz de tal proeza e solta o verbo. Pronto, ta aí o seu ALVO DE ESTIMAÇÃO.
99% dos casos é a pessoa que está mais próxima a você, que você tem mais intimidade, cumplicidade - pode ser sua mãe, pai, filho/a, irmão, irmã, amigo/a, namorado/a - geralmente é com aquela pessoa que sabemos que depois vai nos entender e o melhor, nos desculpar por esse surto momentâneo.
Ser o alvo de estimação de alguém é tarefa árdua, porque até conseguir aceitar tal incumbência é um Deus dará!
Cara fechada, afastamento, poucas palavras, tudo pra evitar novos ataques, mas não é que nada disso adianta? Lá está você de novo sendo bombardeada e você que não é de ferro se vê reagindo e o circo está armado.
Briga daqui, discute acolá e ninguém dá o primeiro passo pra levantar a bandeira branca, vai virando uma bola de neve e o que era uma nadica de nada, toma proporções gigantescas, até que a sensatez volta a reinar, a cabeça é colocada no lugar e a culpa cai toda pra TPM, isso se você tiver sorte de usar esse argumento a seu favor.
Vivaaaaaaa!!! Assunto resolvido, ou pelo menos até o próximo mês.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

SE...

Esse post nasceu de um questionamento mais ou menos assim: Será que se estivéssemos ficado, estaríamos sentindo tanta falta/saudade como acontece?
É uma pergunta que jamais terá uma resposta exata. A que eu tenho é a seguinte, provavelmente estaríamos sentindo muito mais, porque a saudade do que se conhece é muito mais intensa daquela que se imagina. Se pararmos pra pensar sobre isso, chegaríamos à conclusão de que jamais poderíamos sentir saudade de algo que não existiu, mas no entanto, por que não funciona assim?
O que dói é a saudade ou o arrependimento de não ter feito o que hoje é tão claro? Por que que quando se tem oportunidade, não se tem atitude? Ou simplesmente, não há nem ao menos a cogitação? Por que os olhos nos mostram algo agora e só um tempo depois projetamos? Seria isso a tal 'ILUSÃO DE ÓTICA'? Não, acho que isso está mais para o tal 'EFEITO RETARDADO'...
Sempre fui muito racional, embora altamente passional, sempre analisei as situações, as adversidades de forma ampla e usando muitos 'SE', SE eu fizer isso, acontecerá aquilo, SE isso... aquilo. O SE paralisa, o SE é castrador, hoje me encontro cansada dos períodos hipotéticos, quero os possíveis, os reais, os certos...
Mas caso não funcione:
SE eu me perder, que eu tenha a bússola;
SE eu me jogar, que a queda seja amortecida por braços carinhosos;
SE vier o amor, que seja recíproco; Mas,
SE nada disso ocorrer, que tenha valido a pena...

domingo, 10 de agosto de 2008

ABAIXO ÀS EXPECTATIVAS...

08/08/2008...
Longe de como imaginei.

sábado, 5 de julho de 2008

INSTRUÇÕES PARA A LIBERDADE...

1- As metáforas da vida são as instruções de Deus.
2- Você acaba de subir até o topo do telhado. Não há nada entre você e o Infinito. Agora, liberte-se.
3- O dia está terminando. É hora de alguma coisa que foi bonita se transformar em outra coisa que também seja bonita. Agora, liberte-se.
4- O seu desejo de resolução foi uma prece. O fato de você estar aqui é a resposta de Deus. Liberte-se e veja as estrelas surgirem - do lado de fora e do lado de dentro.
5- Com todo seu coração, peça a graça e liberte-se.
6- Com todo seu coração, perdoe-o, perdoe a si mesma e liberte-o.
7- Permita que sua intenção seja a liberdade do sofrimento inútil. Então, liberte-se.
8- Veja o calor do dia se transformar em noite fresca. Liberte-se.
9- Quando o carma de um relacionamento termina, resta apenas o amor. É seguro. Liberte-se.
10- Quando o passado finalmente tiver saído de você, liberte-se. Depois desça e comece o resto da sua vida. Com grande alegria.

Ontem lendo COMER, REZAR, AMAR, de Elizabeth Gilbert, essa parte caiu como uma luva.
Preciso pô-la em prática e desejo por mim e por um certo alguém, que consigamos os resultados descritos, que possamos nos libertar, e onde exista mágoa, tristeza, dor, seja transformado em algo bom.
Aqui fica o meu pedido de perdão pela dor, sofrimentos e mágoas que eu causei. 
Que a felicidade sorria pra gente! E que a paz seja bem-vinda!
Libertemo-nos!

* O mantra SHANTI, é um mantra de paz, pode ser usado para promover calma, desapego e contentamento. 

quinta-feira, 12 de junho de 2008

NASCIDOS UM PARA O OUTRO...

01. Lágrima e Travesseiro
02. Chuva e DVD
03. Verde e Azul
04. Livro e Noite
05. Fotografia e Revelação
06. Cinema e Pipoca
07. Caneta e Papel
08. Lápis e Borracha
09. Girassol e Primavera
10. Pizza e Borda recheada
11. Sexta e Cerveja
12. Banho e Relaxamento
13. Sushi e Rashi
14. Goiabada e Queijo
15. Morango e Chantilly
16. Chinelo Havaianas e Sol
17. Cigarro e Orgasmo
18. Pôr do sol e Lual
19. Rede e Baiano
20. Queijo e Vinho
21. Pão e Manteiga
22. Relógio e Pulso
23. Omo e Comfort
24. Sorvete e Domingo
25. Segunda e Preguiça
26. Geladeira e Imã
27. Gelo e Whisky
28. Microondas e Congelados
29. Leite e Café
30. Picnic e Sábado
31. Shampoo e Condicionador
32. Chave e Fechadura
33. Violão e Serenata
34. Praia e Água de Coco
35. Tatuagem e Nuca
36. Sexo e Amor
37. Mar e Surfe
38. Moeda e Porquinho
39. Frango e Catupiry
40. Chocolate e Banana Passa
41. Insônia e TV
42. Mastercard e Todas as coisas
43. Computador e Internet
44. Celular e SMS
45. Carro e Estrada
46. Bicicleta e Natureza
47. Cachoeira e Trilha
48. Yoga e Respiração
49. Lista e Organização
50. Cor e Frida Khalo
51. Aniversário e Bolo
52. Abraço e Urso
53. Beijo e Língua
54. Luz e Idéia
55. Propaganda e Marketing
56. Reclamação e Procon
57. Máscara e Carnaval
58. Requeijão e Cream Cracker
59. Toddy e Leite condensado
60. Regime e Zerocal
61. Tênis e Calça jeans
62. Busca e Google
63. Quinta e Caranguejo
64. Feriado e Morgação
65. Colher e Brigadeiro
66. Inverno e Neve

E seria muito bom se fosse assim também:

67. Eu e Você
68. Você e Eu 

domingo, 8 de junho de 2008

NON, JE NE REGRETTE RIEN...

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
C'est payé, balayé, oublié,
je me fout du passé.

Avec mes souvenirs,
j'ai allumé le feu,
Mes chagrins mes plaisirs,
je n'ai plus besoin d'eux.

Balayés mes amours,
avec leurs trémolos,
Balayés pour toujours
je repars à zéro...

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bienégal.

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
Car ma vie, car mes joies,
Pour aujourd'hui
Ça commence avec toi

quinta-feira, 5 de junho de 2008

QUERER x DEVER...

Ontem assisti a um filme que se chama AMOR MAIOR QUE A VIDA.
É um filme regular, nada de espetacular, mas que me fez pensar, refletir, chorar horrores.
No entanto o que ficou claro pra mim é que por mais que o filme fosse realmente emocionante e com alguns momentos de choro, eu me acabei, chorei tudo que eu precisava chorar, depois de um dia difícil, de um dia de desentendimento, de um dia estressante.
Chorei por mim, o filme foi só um subterfúgio, ou melhor ainda, como diria Martha Medeiros em uma das suas crônicas que li recentemente, 'um álibi providencial'.
Chorei de soluçar, de ficar inchada, (não que eu não tenha chorado nos dias anteriores, mas ontem, me dei ao luxo de extrapolar.)
Me identifiquei muito com os dois personagens, pelo meu momento atual.
O filme mostra um casal que se ama intensamente, mas que por obra do destino, eles se separam, não direi o motivo da separação, porque caso queiram ver o filme terão todas as surpresas ainda frescas.
Uma cena em especial me marcou muito, foi quando eles se reencontram e o diálogo entre Sarah e Fielding é exatamente assim:

F: Por favor não vá.
S: Mas agora nossas vidas nos distanciaram tanto, parece errado achar que devemos ficar juntos.
F: Mas ainda acho.
S: Eu também, mas... acho que sei a razão.
F: Qual?
S: Porque é o que nós queremos
Mas...
Pouquíssimas pessoas conseguem aquilo que querem.
E os que conseguem...
Realmente não são os felizardos.
F: Não são?
S: Não.
F: Quem são?
S: Aqueles que fazem o que deveriam ter feito.


Esse diálogo parece ter sido escrito pra mim, pois se encaixa tanto, que quase pensei estar na cena, só que os personagens não seriam Sarah e Fielding...
Phoda né?
Às vezes fazer algo que QUEREMOS é inversamente proporcional ao que DEVEMOS fazer...
E não pensem que apenas não o fazemos por medo, não é medo, é só porque temos noção EXATA do que acontece no real. E pra evitar certos flashbacks entramos nessa batalha constante e árdua entre QUERER x DEVER.
E nessa batalha incansável somos nós os 'nocauteados'...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

I'M LIKE A BIRD...

Antes de começar esse post, preciso contar uma história que aconteceu uns dias atrás em casa.
A família estava reunida no horário do almoço e do nada, por uma fresta do telhado, entrou um passarinho enlouquecido que ficou sobrevoando nossas cabeças de modo rápido e praticamente insano.
A cozinha é ampla, tem uma janela grande e uma porta relativamente larga, e mesmo assim o bichinho se sentia perdido, sem saída e ficou amuado em uma ripa perto do local por onde entrou.
No outro dia, o danadinho ainda se encontrava lá, e só conseguiu sair porque foi ajudado por meu pai.
O passarinho não estava ferido e nem nada.

Não sou psicóloga de pássaros, nem aves em geral, e nem ao menos psicóloga sou, mas a impressão foi de que ele não sabia o que fazer com a sua tal liberdade.
Essa cena ficou gravada porque além de ser algo inusitado, confesso que achei o danadinho um tanto burro. Mas o que eu tenho a dizer é que refletindo a respeito desse episódio, cheguei a uma conclusão, conclusão essa que só fui capaz, pois me encontro na mesma cena, embora o cenário seja outro.
Também estou alvoraçada, perdida. A liberdade é algo que me fascina e ao mesmo tempo me desorienta, me mete um puta medo.
Será esse o paradoxo estendido na areia? É bem provável.

Uma outra lição que pude tirar do passarinho, é que muitas vezes temos 'n' saídas, portas escancaradas e janelas abertas, mas não as enxergamos e o que fazemos? Tentamos encontrar ou ir de encontro com o caminho mais cômodo, ou simplesmente o que nos levou a tal ponto, pois tudo que é conhecido não gera surpresa, mas aí entra o nosso maior engano, pois nos esquecemos que todos os caminhos nos levam a Roma.
Quando nos deparamos com esse tipo de encruzilhada, basta respirar forte e não apavorar e se não for pedir muito se divertir durante o trajeto.
O caminho a seguir será fácil? Provavelmente não. Seguramente encontraremos algumas pedrinhas por ele e eventualmente, podemos até tropeçar e em outras cair, mas como diria minha avó na época dos antigamente, quando eu era criança:

Se caiu, levante porque do chão não se passa. 

E não se passa mesmo.
Cabeça erguida, peito ereto, barriga pra dentro e vamos caminhar ou quem sabe até voar...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

VAZIO E DOR... DOR E VAZIO...

27/04/2008 às 22h20

Como é possível existir tanta dor no 


???????????????????????????????

domingo, 27 de abril de 2008

COISAS PRA GENTE GRANDE...

01- A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz não;
02- Transformar o nada em tudo;
03- Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade;
04- Digo alô ao inimigo, encontro um abrigo no peito do traidor;
05- Nada mais vai me ferir;
06- A insegurança não ataca quando erro;
07- Eu vou sobrevivendo sem um arranhão;
08- Deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância;
09- Transformar o tédio em melodia;
10- Perder-se também é caminho;
11- Despi de todas as couraças e finalmente tive coragem de me encarar e me mostrar para o mundo;
12- Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas o que é passível de sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada;
13- Fiquei com vontade de chorar mas felizmente não chorei, porque quando choro fico tão consolada;
14- Só se consegue a simplicidade através de muito trabalho;
15- Só devaneio para alcançar a realidade;
16- Nesse silêncio profundo se esconde minha imensa vontade de gritar;
17- Você pode até me empurrar de um penhasco, mas eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!;
18- Não se preocupe em entender;
19- Juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar;
20- Mergulhe no que você não conhece;
21- Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir - esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade;
22- Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente;
23- Mude mas comece devagar, por que a direção é mais importante que a velocidade;
24- Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando;
25- Sou uma louca, mas guiada dentro de mim por uma espécie de sábio!;
26- Eu sou sim. Eu sou não. Aguardo com paciência a harmonia dos contrários;
27- Cuide-se como se você fosse de ouro,ponha você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se;
28- Onde aprender a odiar para não morrer de amor?;
29- Quem se indaga é incompleto;
30- A prece profunda não é aquela que pede, a prece mais profunda é aquela que não pede mais;
31- O vazio tem o valor e a semelhança do pleno;
32- Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente me obedeço;
33- Há os que já têm o LSD em si, sem precisar tomá-lo;
34- Vivo de uma camada subjacente de sentimentos;
35- Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E solitário;
36- Dar a mão a alguém sempre foi o que eu esperei da alegria;
37- É exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos;
38- Perdão é um atributo da matéria viva;
39- Eu vou ao encontro do que me espera;
40- Eu agüento porque sou forte: comi minha própria placenta;
41- Tudo o que eu não sei, é o que constitui a minha verdade;
42- Mas se eu esperar compreender para acertar as coisas - nunca o ato de entregar se fará;
43- Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei;
44- A doçura é tanta que me faz insuportável cócega na alma;
45- Irei até onde o vácuo faz a curva. Irei até onde meu fôlego me levar;
46- Devo lutar como quem se afoga, mesmo que eu morra depois;
47- Rompi com o mundo;
48- Minha fortaleza é um silêncio infame;
49- Não se afobe, porque nada é pra já;
50- Quero ficar no teu corpo feito tatuagem;
51- Aja duas vezes antes de pensar;
52- Inútil dormir, que a dor não passa;
53- Já de saída minha estrada se entortou, mas vou até o fim;
54- Você vai me cegar e eu vou consentir;
55- Deixei a fatia mais doce da vida na mesa dos homens de vida vazia;
56- Quero ver como suporta me ver tão feliz;
57- Quando você me quiser rever, já vai me encontrar refeita;
58- Pra ti sempre tive um infinito estoque de perdão;
59- Multipliquei-me, para me sentir;
60- Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo;
61- Nada me prende a nada;
62- Felicidade é não contar pra ninguém;
63- Quando a estrada fica interrompida, o desvio pode ser interessante;
64- Descrever-se é limitar-se;
65- Vive mais quem não perde tempo;
66- Que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia;
67- O mundo já caiu baby, só nos resta dançar sobre os destroços;
68- Seja sempre você mesmo, mas não seja o mesmo pra sempre;
69- Hoje sei que dá para renascer várias vezes nessa vida. Basta desaprender o receio de mudar;
70- Que eu nunca aceite a idéia de que a maturidade exige um certo conformismo;
71- O que há de bárbaro em mim procura o bárbaro e cruel fora de mim;
72- Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver
medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade;
73- E pelo amor de Deus, veja nas minhas palavras mais do que minhas palavras;
74- E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano;
75- Que o fracasso me aniquile, quero a glória de cair;
76- Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas;
77- Chego a chorar , manso de tristeza. Depois levanto e de novo recomeço;
78- E seja mil vezes, de todos os modos;
79- Uma forma de ter é não desejar;
80- Não me interessa fetiche morto como lembrança;
81- O que te falo nunca é o que te falo, e sim outra coisa;
82- Estou consciente de que tudo que sei não posso dizer;
83- E como a primavera eu me deixei cortar, para vir mais forte;
84- Escuta: eu te deixo ser. deixa-me ser,então;
85- Porque no impossível é que está a realidade;
86- Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária;
87- O óbvio não é tão óbvio;
88- Raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos;
89- Me escondi de mim o quanto pude;
90- Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui;
91- No fim tu hás de ver que as coisas mais leves foram as únicas que o vento não conseguiu levar!;
92- Queria continuar a vê-lo mas sem precisar tão violentamente dele;
93- Não quero a beleza, quero a identidade;
94- De meu lado a ser exposto, fiz o meu avesso ignorado;
95- Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito;
96- Ordenando as coisas, eu crio e entendo ao mesmo tempo;
97- Liberdade é pouco, o que desejo ainda não tem nome;
98- O vazio é um meio de transporte;
99- O artificial é, às vezes, o grande sacrifício que se faz para se ter o essencial;
100- E eu quero mais do que o invólucro que também amo. Eu quero o que eu Te amo;

Post que tentarei manter em constante atualização, quem quiser contribuir já agradeço de antemão.

terça-feira, 22 de abril de 2008

COM VESTÍGIOS...

Passamos grande parte do tempo reclamando dos defeitos alheios e ouvindo reclamações sobre os nossos próprios, mas quando paramos pra pensar, concluímos que são nossas marcas registradas, fazem parte do nosso pacote, junto às nossas qualidades, temperamento e coisas do gênero. São através deles que também somos reconhecidos, assim como pelos nossos pensamentos, atos, feitos.
Bem ou mal, mais mal do que bem, diga-se de passagem, eles também nos imprimem nas pessoas que nos cercam, seria magnífico sermos lembrados só pelas qualidades, mas vivemos no mundo real, e além disso não consigo pensar em nada mais insosso que a perfeição.
Seria horrível passar pela vida de alguém e não deixar nenhum rastro.
Tudo que fica sem vestígios é inexistente.
Então que eu me materialize com o meu 'eu' completo e falho em todos os que me cercam e que já me cercaram e que os meus passos, as minhas pegadas, os meus vestígios impregnem a vida de quem me rodeia e que sempre exista alguma coisa, pra ser recordada, mesmo daquilo que já foi destruído, porque sempre cabem as reconstituições, aquelas conhecidas como memórias.
Se lembrar faz doer, esquecer dói bem mais, e como sou avessa à dor, embora seja algo recorrente ultimamente, vou me permitir lembrar e contrariando a Tavi, não rasparei nenhuma digital.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

VOCÊ TEM FOME DE QUE???

As minhas são tantas...

01.Fome de verdades
02.Fome de sinceridade
03.Fome de palavras
04.Fome de livros
05.Fome insaciável do teu corpo
06.Fome do meu corpo sobre o teu
07.Fome de você
08.Fome de mim
09.Fome de nós
10.Fome de nós três
11.Fome de descobertas
12.Fome de viagens
13.Fome de lugares
14.Fome de pessoas
15.Fome de idéias
16.Fome de conhecimento
17.Fome de auto-conhecimento
18.Fome de paz
19.Fome de liberdade
20.Fome de felicidade
21.Fome de música
22.Fome de tecnologia
23.Fome de ousar
24.Fome de me entregar
25.Fome de desejo
26.Fome de sonhar
27.Fome de poesia
28.Fome de reconciliações
29.Fome de aventuras
30.Fome de soluções
31.Fome de decisões
32.Fome de alegrias
33.Fome de voz
34.Fome de chocolate
35.Fome de ensinar
36.Fome de aprender
37.Fome de cores
38.Fome do desconhecido
39.Fome de silêncio
40.Fome de sossego
41.Fome de risadas
42.Fome de bom humor
43.Fome de bem-estar
44.Fome de serenidade
45.Fome de saúde
46.Fome de cultura
47.Fome de informação
48.Fome de concretizar
49.Fome de solidões momentâneas e passageiras
50.Fome de jabuticaba 
51.Fome de crepe
52.Fome de relaxamento
53.Fome de ar
54.Fome de abertura
55.Fome de adrenalina
56.Fome de frio na barriga
57.Fome de arrepio dos bons
58.Fome de afinidades
59.Fome de afagar
60.Fome de surpresas boas
61.Fome de chegadas
62.Fome de começos
63.Fome de concentração
64.Fome de me emocionar
65.Fome de autenticidade
66.Fome de consumir
67.Fome de sensibilidade
68.Fome de caranguejo
69.Fome de experimentar
70.Fome de tricotar
71.Fome de sorvete
72.Fome de doce
73.Fome de sal
74.Fome de igualdade
75.Fome de proteção
76.Fome de acreditar
77.Fome de libertinagem
78.Fome de gargalhadas
79.Fome de sorrisos
80.Fome de respeito
81.Fome de delicadeza
82.Fome de gentileza
83.Fome de lealdade
84.Fome de olhos nos olhos
85.Fome de toque
86.Fome de descontração 
87.Fome de beijos
88.Fome de abraços
89.Fome de viver
90.Fome de amar


E pra acompanhar tudo, uma bela taça de vinho tinto.
Tim-Tim!!!

domingo, 23 de março de 2008

DA BOCA PRA FORA...

Existem duas afirmações que JAMAIS poderiam sair da nossa boca, são elas:

- Nunca mais vou me apaixonar de novo;

- Estou trancada/o para o amor.


De duas uma, ou nos enganamos querendo acreditar nisso, ou apenas nos esquecemos que somos meros hóspedes do nosso corpo.
Quanto menos esperamos, vem uma flecha vindo de todas as combinações possíveis e imagináveis dos pontos cardeais, e nos acertam em cheio.
E o que acontece depois?
O tal vidro, a tal proteção que estava posicionada sobre o coração, parece que some como um passe de mágica, o que foi dito com tanta convicção, fica parecendo uma roba da niente, sim, uma coisa insignificante, pois abaixamos todas as nossas guardas e começamos a ver passarinhos verdes, corações, cupidos a todo momento.

Mas que diabos está acontecendo comigo?

É o que pensamos; e obtemos como resposta uma batida forte do coração dizendo:

- Helloooooooo! Acho que você se esqueceu quem manda aqui!

Esquecer, esquecer não é bem a palavra, é apenas uma tentativa frustrada de burlar esse músculo intrometido, que acha, OPS! que tem cer-te-za que pode fazer e desfazer da gente e dos nossos sentimentos como bem entende.
Sim, eu disse desfazer, porque esse danadinho, quando cisma que encontrou um outro 'Q' a mais em outra pessoa, que irá te completar mais, que a pessoa atual, esse sacaninha sem nenhum aviso prévio, decide que está na hora de inovar, mudar e pede ajuda ao seu comparsa, sr. Cérebro, para ajudá-lo nessa nova empreitada.
A mesma coisa acontece, porém sem tantos efeitos colaterais, se você está solteira/o e não quer se envolver.
Parece pirraça, porque ele vai trabalhando na surdina e do nada TCHANRAN! Tudo fica mais colorido, mais bonito, mais intenso e tudo começa de novo.
Os dois são uma mini-gang, mas com poder de fogo invejado por potências mundias.
O esquema é o seguinte:
O sr. Cérebro através do alto poder de persuasão do seu grande amigo do peito, começa a enviar torpedos ao alvo, também conhecido como hospedeiro. Esses torpedos não são nada mais, nada menos que flashes de pensamentos, imagens, cheiros, sons, usam também uma tecnologia avançada chamada deja vu, e começa a povoar a/o coitada/o da vítima, de forma constante e irritantemente delirante.
Conclusão, você que estava quieta/o, na sua, em paz, acreditando piamente que o que VOCÊ ordenou que aconteceria e que love don't live here anymore, como cantou Madonna nos anos 80, e que você adotou como sua trilha permanente, agora se encontra diante de uma cilada, você acaba de se tornar refém desses dois bandidos de perigosidade altíssima, e o pior de tudo, você descobre que quer pagar resgate, mas para continuar refém do amor.
E nessa meravigliosa confusione, está lá você com os bracinhos erguidos, gritando:
EU ME RENDO! 

quinta-feira, 20 de março de 2008

A DOR QUE DÓI MAIS...

Trancar o dedo numa porta dói. 
Bater com o queixo no chão dói. 
Torcer o tornozelo dói. 
Um tapa, um soco, um pontapé, doem. 
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. 
Saudade de uma cachoeira da infância. 
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. 
Saudade do pai que já morreu. 
Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. 
Saudade de uma cidade. 
Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. 
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. 
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. 
Saudade da presença, e até da ausência consentida. 
Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. 
Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. 
Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. 
Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. 
Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. 
Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. 
Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. 
Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. 
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. 
Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. 
Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Acho essa crônica da Martha Medeiros, uma verdade absoluta.
Acrescentaria a ela só uma coisa, saudade das coisas que não deu tempo de se viver, porque o fim se precipitou aos fatos.

quarta-feira, 19 de março de 2008

PRATICIDADE x APRENDIZADO...

Vamos ser práticos, já pensou se tivéssemos algumas 'regalias' que o computador possui?
Como seria bom se fôssemos dotados de 3 botões:

* DELETE
* BACKUP
* FORMAT 


Qualquer coisa que não estivesse andando bem, ou pra quando quiséssemos dar um basta em algo que nos deixa mais pra lá do que pra cá, lá iríamos nós direto no botão DELETE , posicionado sobre o coração, um cliquezinho e... ECCO FATTO!
Aquela dorzinha, aquele erro, aquele ato impensado, tudo seria AUTOMATICAMENTE apagado e nenhum resquício remanescente ficaria. Se por ventura fosse detectado algum mal funcionamento, um 'vírus' embutido atrapalhando o nosso funcionamento, um vírus no canal lacrimal, que ataca e não te dá sossego e parece que você vai inundar o mundo, ou no ponto do cérebro que é responsável pelo bom senso... não pensaríamos duas vezes, faríamos o BACKUP daquilo que gostaríamos de manter e FORMAT C: (que sugestivo, não? C de coração, de cérebro...)
HD limpinho, hora de arrumar a casa...


Tudo em ordem e você recomeça tudo de novo.
Com um ajuste no driver de vídeo e o sol voltaria a ter brilho de novo.
Outro no driver de áudio e um simples ruído, já chamaríamos de Bach.

Tudo muito bom, tudo muito prático, mas e o aprendizado entraria onde?
Por mais horrível que seja admitir, a gente só aprender com os nossos erros, e se errar é humano, volto mais tarde.
Porque agora estou indo comprar um estoque de borracha...

terça-feira, 18 de março de 2008

XEQUE-MATE???

Ontem ao escutar STRANI AMORI, uma frase específica ficou ‘martelando’ na minha cabeça:
Grandi amori che finiscono, ma perché restano nel cuore? 
(Grandes amores que acabam, mas por que ficam no coração?)

Se ficam, será que realmente acabou? 
Foi até o último grão? 
Então por que se sofre tanto por algo que teoricamente acabou?
Você sabe, tem plena consciência de que por mais que se queira retroceder, é inviável, uma vez que na prática não funciona como deveria.
Você conhece seus erros, defeitos, ajusta de cá, o outro de lá e a impressão que fica é que o universo conspira contra você.
Uma vírgula dita no lugar errado e KAPLUN! CRASH! O que se construía, rui, vem tudo abaixo, pouca coisa ou nada se aproveita, mas como teimosia pouca é bobagem, estão os dois de novo, na tentativa de fazer dar certo algo que se tenta e re-tenta há anos.
E por que?
Porque nosso coração vagabundo teima com a razão, dizendo:

Foi só um escorregãozinho, e da próxima vez vai dar certo, confie! 

E vem a tal próxima vez e as outras ‘vezeszinhas’ e NADA!
Sabe o que parece?
Que somos peças de um tabuleiro de xadrez, só que num jogo às avessas, onde o objetivo aqui é outro: xeque-mate, está fora de cogitação.

NIDIFICAR...

A semana passada foi punk, muitos conflitos, brigas, desentendimentos, saudade, ódio, fúria, desejo, ciúme, tristeza, e poucos momentos de alegria, aqui um monte de sentimento contraditório se misturou em mim, e engano pensar que se dissolvem e rumam pra algum lugar, porque a verdade é que estou completamente entregue a vários paradoxos.

Preciso desesperadamente de um único momento ao menos de calmaria.
A verdade é que quero nidificar, por que só aos pássaros esse direito?
Quero migrar pra um lugar tranquilo, onde construirei meu ninho com galhos de carinho e afeto, com ramos de aconchego e amor e algumas ervas pra trazer proteção.

Quem traduziria melhor esse meu desejo é o fabuloso Fernando Pessoa, nesse trecho do DESASSOSSEGO:

Eu quero um colo, um berço
Um braço quente em torno do meu pescoço
Uma voz que cante baixo
E pareça querer-me fazer chorar.

Eu quero um calor num inverno,
Um extravio morno de minha consciência,
E depois, sem som, um sonho calmo
Num espaço enorme como a lua
Rodando entre as estrelas. 


Será que estou pedindo demais?
Pois se eu estiver, continuarei pedindo e cada vez mais e mais...

domingo, 16 de março de 2008

BUSCA...

Procuro seu rosto na multidão
Mas é sempre em vão
Gostaria de saber por onde vão seus passos
Porque já não alcanço seu rastro
É muito estranho te buscar
E não te ter
Uma vez que você estava sempre aqui, à mão
Mas agora é tudo diferente
E não existe mais a gente
Por que tem que ser assim?
Isso não é bom pra mim
Será que sente o mesmo, que o mundo não é mais perfeito?
Difícil saber, você se trancou em si
Não te reconheço agora
Talvez por isso não te encontre
Seguir em frente é o que faço
Como se tudo fosse normal
Mas tá tudo tão banal.

IZZF - 15/01/2008

CONFRARIA DOS IDIOTAS...

Tenho a péssima mania de pensar que sinceridade fosse uma coisa que nem seria preciso pedir, uma vez que é algo que deveria ser dado de graça, sem exigências, sem nada em troca, falo isso porque é algo que me é tão natural.
Não uso máscaras, abomino mentira e falsidade, e acabo tendo a tendência a achar que as pessoas sejam iguais e não são.

Até que um belo DOMINGO, aquele mesmo repudiado, a ficha cai.
Antes tarde do que nunca, você pensa, na verdade nem pensa, porque a dor é tamanha que não nos permite raciocinar direito. 
Então começa-se a re-colocação do vidro, a proteção, a carcaça enrijecedora.
E reza pra que nenhuma lasca vá te ferir, porque tá na hora de dar um basta nas cicatrizes.

TÉDIO, com T maiúsculo...

Domingo: por mim deveria ser excluído do calendário.
Vai aí uma dica, por que não 2 sextas? Ou melhor ainda 2 sábados?
Será que só eu acho esse dia um tédio?
Não existe A-B-S-O-L-U-T-A-M-E-N-T-E nada pra fazer.

Televisão
uma falta de conteúdo e de programas que prendem a atenção, e olha que nem gosto de televisão, exceto por filmes, seriados e o BBB, então fico lá eu zapeando de um canal pro outro, procurando uma via de salvação e o que eu encontro? Programas repetidos, futebol de time que nem é o meu, filme do século passado e por aí vai. Ou seja, a TV continuará desligada.

Livro
, uma das minhas paixões, mas quando estou nesse tédio com T maíusculo, não tenho parada pra ficar parada.

Música, já não suporto mais as minhas da família pulsus cortantis, porque estão conseguindo me deixar pior.

Credo! Como estou ranzinza, chata, reclamona.
Fica aqui um pedido de socorro, um SOS, um MAYDAY...
Procura-se alguém pra conversar, mas não um simples alguém, quero alguém que não jogue o que eu disser contra mim...
Alguém sem escudos, armas e munições...
Alguém que tenha na mão esquerda uma bandeira da cor branca...
Alguém que me coloque um sorriso no rosto e me tire essa cara amarrada, esse olhar caído...
Canetas à postos, preencham a ficha de inscrição, um aviso aos navegantes NÃO RASUREM.

sábado, 15 de março de 2008

HIBERNAR...

Hoje tá sendo um dia declarado de inveja aos ursos, queria HIBERNAR.
Deve ser boa essa sensação de dormir e acordar depois de alguns meses, semanas, dias...
Novinha em folha e revigorada.
A pergunta com cara de dúvida que fica, é a seguinte: E os nossos problemas, aflições, tristezas, hibernariam também? Será que seriam resolvidos durante esse estado de coma? Ou voltariam mais intensos, com o despertar?
Quer saber? Seja como for, já valeria a pena, só pela sensação de 'tomada de fôlego' para re-encarar de frente o que ficou em standby.
Estou exausta!

RECORDAR OU NÃO RECORDAR, eis a questão...

Ouvindo: TU RECUERDO, de Ricky Martin com participação de La Mari, do Chambao.

A música é tudo, mesmo que seja com Ricky, mas e daí?
Não sou fã, provavelmente será sua única música que escutarei, mas bendito seja o dia em que fui apresentada a ela.
A letra é o seguinte:

Tu recuerdo sigue aquí, como un aguacero
Rompe fuerte sobre mí, pero a fuego lento
Quema y moja por igual, y ya no sé lo que pensar
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal 


Un beso gris, un beso blanco
Todo depende del lugar
Que yo me fui, eso está claro
Pero tu recuerdo no se va
Siento tus labios en las noches de verano
Ahí están, cuidándome en mi soledad
Pero a veces me quieren matar

Tu recuerdo sigue aquí...

A veces gris, a veces blanco
Todo depende del lugar
Que tú te fuiste, eso es pasado
Sé que te tengo que olvidar
Pero yo le puse una velita a to’s mis santos
Ahí está, pa’ que pienses mucho en mí
No dejes de pensar en mí

Tu recuerdo sigue aquí...

(Piensa en mí) Es antídoto y veneno al corazón
(Te hace bien) Que quema y moja, que viene y va
(¿Tú donde estás?) Atrapado entre los versos y el adiós

Tu recuerdo sigue aquí
Como aguacero de mayo
Rompe fuerte sobre mí
Y cae tan fuerte que hasta me quema hasta la piel
Quema y moja por igual
Y ya no sé lo que pensar
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal

Tu recuerdo sigue aquí
… Le lo lay lelo lelo…
Rompe fuerte sobre mi
Pero que rompe, rompe, el corazón
Quema y moja por igual, sé que te tengo que olvidar
Tu recuerdo me hace bien y me hace mal

E é isso mesmo...
Lembrar é algo que dependendo das circunstâncias nos traz dor ou alegria, saudade e desejo, fúria ou alívio, desespero ou serenidade, às vezes é bom, porque nos coloca um sorriso no rosto, um brilho no olhar, outras nos dá uma melancolia desesperadora e muita ira, daquelas que temos vontade de bater em nós mesmos, pelo simples fato de que nos permitimos continuar pensando... 
Quem dera poder mandar tão eficientemente nos nossos pensamentos.
Se alguém consegue, quer fazer a gentileza de me dar a receita? 

sexta-feira, 14 de março de 2008

RETORNO...

Quatro anos depois e estou retornando pra casa.
Quatro um número tão pequeno, mas elevado a anos se torna uma bela cifra.
Nesse período houve muitas mudanças.
Eita palavrinha que geralmente me dá um frio na barriga, talvez pela sua intensidade, ou porque como boa escorpiana com ascendente em touro, mudança é algo que me dá um certo temor, por fugir um pouco da rotina já conhecida e do controle que muito necessito ter.
E nessa montanha-russa, da qual estou sempre à bordo, cheia de altos e baixos, emoções e decepções, momentos que quero guardar para sempre na memória, e outros que faço questão ou apenas preciso desesperadamente esquecê-los, a vida segue seu rumo, um passo de cada vez, buscando caminhar de acordo com o que me é permitido pelas circunstâncias que se impõem.
Logo eu, uma adepta dos passos largos, me encontro em um período de desaceleração.
Desaceleração de impulsos, de gênio, de atitudes, de sentimentos, de hábitos, de sonhos... buscando incansavelmente me encontrar, ou melhor dizendo, me re-encontrar...
Me sinto perdida ao meio de um mar de acontecimentos, porém sigo buscando o porto pra me ancorar, e quem sabe lá, eu encontre uma paz tão almejada.