domingo, 24 de janeiro de 2010

SÓ SE FOR A DOIS...










Parque de diversão fica bem melhor
Andar na chuva e pisar na grama molhada fica mais revigorante
Brigadeiro de colher fica mais gostoso
Cineminha fica mais agradável

Lareira fica mais romântico
Vinho fica mais saboroso
Domingo preguiçoso fica ainda mais indolente
Edredom fica mais aconchegante

Supermercado fica mais divertido
Passeio na praça fica mais lânguido
Férias ficam mais prazerosas
Tomar banho fica mais relaxante

Picnic fica mais nostálgico
Pintar a casa fica mais pessoal
Se perder fica mais fácil
Ilha deserta fica menos solitário

Pescaria fica mais animada
Cama de casal fica menos espaçosa
Carta fica mais poético
Abraços ficam mais calorosos

Beijo é obrigatório
Fazer as pazes é inevitável
Declaração de amor tem que ser mútua
Amar tem que ser de dois.


* Foto Googleada

DEGUSTAÇÃO...










Provo do teu corpo
E faço dele meu banquete
Para abrir o apetite
(Sigo sempre um palpite)
Experimento dos teus beijos
E sinto logo mil desejos
Meu corpo me delata
E me sinto convidada
A desvendar teus aromas
E a degustar os teus sabores

Foto: Valter Bártolo

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ESTAR NAS NUVENS PARA MIM É...




É estar completamente entregue a um sentimento puro e verdadeiro e ter a forte sensação de ter um redemoinho de emoções que me faz sentir cada vez mais viva;

É sonhar de olhos abertos e fechados também;

É acreditar que sou capaz de tudo por ser impulsionada por um entusiasmo revigorante;

É ter aquele alegria estampada na face que me põe a sorrir por tudo e por nada;

É fazer sinfonias diárias, seja no chuveiro, no carro ou na caminhada;

É me sentir inspirada pelo simples fato de estar encantada;

É encontrar em pequenos gestos a grandeza de tal manifestação;

É dormir e acordar gargalhando porque estou amando;

É me sentir completa com a metade do outro.

* Foto Googleada...

SABORES PARA LEMBRAR...

 










O sabor suave dos teus beijos
O adocicado da tua saliva
O sabor agridoce do teu corpo
O cítrico da saudade
O sabor doce das lembranças
O ácido dos obstáculos
O sabor inusitado das mentiras
O azedo das desavenças
O sabor picante da nossa química
O salgado do teu sexo
O sabor frutado do reencontro
O amargo da despedida

* Foto Googleada...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

SABER AMAR...


Amar é fácil, já o saber amar é uma das coisas mais difíceis do mundo, pois temos a péssima mania de acreditar que só sentimos amor quando tudo funciona bem, quando tudo corre na direção certa e nos esquecemos do básico, que somos indivíduos diferentes, cada um funciona de um jeito, tem um temperamento, um tempo de digerir e executar ações.

Saber amar é não só acreditar que tudo vai bem quando estamos no ápice da paixão e 'mal' acostumados a isso, achar que algo desanda quando a euforia dá lugar à alegria ou o sexo de todo dia sai fora da rotina.

Saber amar é aceitar o outro sem tentar modificá-lo, é amá-lo incondicionalmente. Mas apontar os defeitos que aparecerem é quase uma obrigação. Todos têm o direito de saber que podem melhorar.

Saber amar é não magoar com palavras duras ou ações impensadas. Caso o fizer, saber que desculpas são bem vindas e admitir o erro só irá enobrecer.

Saber amar é respeitar o outro por completo, respeitar suas opiniões, seu modo de pensar, seu espaço. É deixar a pessoa livre e ter certeza que ela não irá escapar.

Saber amar vai além das palavras, muito além de 'euteamos' diários. Está mais pra gestos, ações, delicadezas e emoções proporcionadas. O falar é efêmero, se não comprovado.

Saber amar é também admirar o ser amado, é ajudá-lo a crescer e a se levantar quando houver necessidade. É vibrar com as vitórias e ser consolo para as derrotas.

Saber amar é ser companheiro, amigo, cúmplice.

Saber amar é permitir ser amado também. É não fazer escolhas que só o outro pode fazer, é driblar o egoísmo e aprender a compartilhar. É tentar ser melhor a cada dia.

Saber amar é provocar acessos de risos, é conversar com os olhos, se entender por olhares.

Saber amar é conquistar todos os dias a mesma pessoa e ser conquistada por ela.

Saber amar é fazer da rotina uma novidade diária.

* Foto Googleada

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

JOGANDO COM O PRAZER...


Depois de assistir ao filme 'JOGANDO COM O PRAZER', fiquei com vontade de escrever um post.
Não que o filme seja uma maravilha, muito pelo contrário, é um filme razoável.
Entretanto quero escrever sobre a mensagem que o filme me passou.
Primeiro preciso dar uma visão geral do que se trata o enredo.
Um rapaz bonitão, charmoso, que acha que pode usar e abusar de suas 'presas', leia-se: mulheres com uma bela casa, o carro do ano e uma conta bancária de quase dar inveja ao Bill Gates.
(Lógico que elas também desfrutavam e muito do garotão...)

Para ele o fato de se quebrar um coração era quase um hobby. Fazia e desfazia dessas mulheres, sem remorsos e nenhum arrependimento e caía fora quando aparecia uma mais 'atrativa'.
E ficava naquele círculo vicioso.
Ele tinha tudo que ele se propunha a ter, porém era vazio, incompleto, infeliz.
Buscava a felicidade somente nas coisas materiais.
Onde quero chegar com essa história?
No fato que: só se dá importância a um coração partido, a partir do momento que o seu também já foi quebrado.
E ele aprendeu isso a duras penas.

Todos nós somos uns 'desastrados amorosos', pois já quebramos muitos corações e já tivemos os nossos quebrados também.
Quem nunca teve ou nunca partiu um coração, que atire a primeira pedra, ou apenas levante a mão.
Uns apenas arranharam, têm os que racharam e aqueles que fizeram os cacos cardíacos, cada um com a sua intensidade, mas tudo dói, pois como já disseram antes: não há corte sem dor.
Seja por querer ou sem querer, a verdade é que não há quem saia ileso desse tipo de situação.
Os amores chegam e vão embora e nós vamos calejando o coração e acumulando as dores e os prazeres de se amar.
A magnífica Clarice Lispector escreveu: dessa vez era um amor mais realista e não romântico; era o amor de quem já sofreu por amor.
E é exatamente isso que acontece, acaba que vamos perdendo um pouco daquela magia do amor.
Amadurecemos com o sofrimento, com as desilusões.
Fincamos o pé no chão e damos lugar à realidade, à objetividade ao invés do romantismo, dos sonhos, que passam a ser opcionais.

Então, fica aqui um conselho, um pedido ou apelo:
Cuide bem do coração alheio, pois não inventaram marcapasso para o amor.

* Foto Googleada

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

TEUS OLHOS...











Teus olhos me apaziguam
Enquanto pousados sobre mim

São de um verde brejeiro
Como a folha do alecrim

Me espreitam de lado
Come se fosse inesperado

Me penetram com fascínio
E eu me deixo embriagar

Teus olhos são as bússolas
Que me fazem te alcançar

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

UMA EMERGÊNCIA DE AMOR...


Final de tarde, um dia frio e emburrado.
Tudo era de um cinza intenso.
Ao fundo uma melodia chorosa de um blues.
Na mão um copo de whisky que segurava com força e entre os dedos tinha um cigarro aceso.
Tirou os sapatos e se jogou no sofá.
O cansaço era aparente, mas a combinação da bebida com a nicotina, o fazia relaxar.
Havia um bom tempo que não se sentia assim, mas alguma coisa acontecia por dentro.
O pensamento seguia um padrão não aleatório. Flashes de momentos felizes o povoavam. Era apenas a sua via de escape.
Encheu novamente o copo e colocou 3 pedras de gelo e se lembrou de que era assim que ela também gostava.
Seu olhar encarava o celular, queria ligar, mas só pensava que ele a deixara entrar naquele avião.
Roma estava gelada, mas ele acreditava que era o seu frio interno que provocava tal sensação.
Começou então a se lembrar de como haviam se conhecido.
O encontro dos dois se dera por mero acaso, mas não fora o acaso que os unira.
Era janeiro e se encontravam em Madrid por motivos diferentes.
Uma amiga em comum dera uma recepção e os convidara.
Os seus olhares se cruzaram, pra ele foi a primeira vez, já pra ela não, pois já o havia visto antes.
Ele a cumprimentou com um sorriso e com um balançar de cabeça, ela retribuiu um tanto quanto sem jeito pela surpresa do reencontro. Por dentro explodia de felicidade e emoção.
A amiga os apresentou. Ela tremia e tinha as mãos frias. Ele reparou, mas não comentou, apenas lhe sorrira um sorriso quente e acolhedor.
Então ela lhe contou que o vira em um passeio na Plaza Mayor.
Disse que algo aconteceu com ela, uma sensação jamais antes sentida. Ela estava fotografando o local, quando o avistou. De repente tudo a sua volta sumira, não havia nenhum som, só ele na sua área de visão. Tudo parecia estar em câmera lenta, e ela se sentia flutuar. Foi algo inesperado e ficou tonta por alguns segundos.
Se sentou e continuou a observá-lo.
Pensou em segui-lo, mas não achou a idéia muito viável, resolveu deixar nas mãos do destino.
E no momento em que o revira, voltou a sentir tudo novamente.
Eles conversaram a noite toda.
Ele encantado com os olhos dela, com a sua beleza e o seu jeito de mexer as mãos.
Ela por sua vez enfeitiçada pelo sorriso e os galanteios.
Ficou claro desde o início que tinham muitas coisas em comum. Parecia que se conheciam há tempos.
Tinham o mesmo ritmo de pensamento, o mesmo senso de humor, se entendiam perfeitamente.
Combinaram de se encontrar no dia seguinte.
Ele levou uma cesta com vinhos, queijos, pães, frutas e segurava um girassol.
O cenário escolhido foi o Parque del Retiro.
Conversaram, comeram e brindaram ao encontro e ao desejo de tantos outros.
Ele se inclinou e arrancou uma margarida no chão e a colocou delicadamente no cabelo daquela que havia mexido tanto com ele.
Sem pensar em nada, apenas a beijara.
Um beijo que não queria que acabasse.
Eles ficariam em Madrid por uma semana e fizeram dessa semana a melhor de suas vidas.
Queriam aproveitar o momento e não falavam no depois.
E é exatamente esse depois que o perturbava agora.
Se despediram no aeroporto, ele voltou pra Roma e ela pra Londres.
Combinaram de não se ligarem por enquanto, pra descobrirem se era algo passageiro ou se realmente era amor o que sentiam.
Ele não tinha dúvidas, mas se sentia com as mãos atadas.
Encheu novamente o copo e bebeu o líquido de um gole só.
Resolveu nesse átimo o que faria.
Ligou pra uma agência de viagens e descobriu que havia ainda um lugar pra um vôo que sairia em 3 horas, o reservou. Fez a mala.
Não queria adiar mais ainda a felicidade, correu para o aeroporto.
O vôo foi tranquilo, nenhuma turbulência além daquelas que ele sentia internamente.
Pegou a mala e quando saía do aeroporto, a avistou, saindo de um táxi e iria entrar no aeroporto.
Quase não acreditou nos seus olhos. Gritou seu nome.
Ela se virou e o viu também.
Jogaram as malas no chão e correram pra um abraço desejado.
Ele a rodopiou, enquanto a beijava.
Ela quis saber o que ele fazia em Gatwick, e ele disse que fora atrás dela.
Ela riu, a sua risada mais gostosa e disse:
Acho que o destino está do nosso lado, pois eu estava indo ao teu encontro em Roma.
Se beijaram com sofreguidão e a partir daquele momento, recomeçaram a escrever uma linda história de amor.
Ainda não decidiram o que farão de fato, mas sabem o essencial: que querem ficar juntos e que assim será.

* Foto Googleada

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

TEMPORIZA(DOR)...


O tempo curador, aquele responsável por cicatrizar as feridas
É o mesmo tempo que afasta as pessoas
Que coloca barreiras e porta o esquecimento
É também aquele que nos preenche de vazios
Ou nos enche de esperanças


O tempo tem personalidade antagônica
Ele é bandido e mocinho
Traz agonia e alívio

Pode ser um freio transitório
Ou um acelerador permanente
Depende só de como manuseado

A nós cabe estarmos atentos
Pois esse é artigo de luxo
E uma vez desperdiçado
Não há retrocessos

O tempo é um menino birrento
Voa quando deve ir lento
E vai lento quando deve voar.

* Foto Googleada

sábado, 2 de janeiro de 2010

GRITO DE DOR QUE VEM DO PEITO...


Será que existe alguma teoria sobre dias tristes serem compridos?
Queria tanto que esse dia acabasse logo, já deu por hoje minha dose diária de sofrimento.
Queria acalentar meu coração.
Sossegar meus olhos.
Fazer com que minha cabeça parasse de latejar, mas as dúvidas e pensamentos pulam lá dentro e ecoam alto.

O pior é que amanhã tem mais...

Ai!

* Foto Googleada

REGRESSÃO...


Na minha ilusão infantil, eu sempre achei que quando eu tivesse alguém, eu e esse alguém teríamos diálogo sempre, que resolveríamos juntos nossos problemas, fossem esses quais fossem e não cada um no seu canto, como se ao invés de casal, de companheiros, de cúmplices, fôssemos individualistas egoístas.

Na minha ignorância infantil, eu sempre achei que duas cabeças pensavam melhor que uma. Que a tal unificação de corpos existisse, transformando 2 em 1, mas não era um sozinho, era um junto, ligado.

Na minha visão infantil, eu daria apoio, colo, atenção, carinho, amor. Eu saberia ouvir e ser amiga, antes de qualquer coisa; e receberia o mesmo em troca.

Na minha ideologia infantil, amar era sinônimo de zelo e cuidado.

Pena que a gente cresce e vê que era melhor ser criança.

* Foto Googleada

ANAMNESE...



Tudo em mim dói
É uma dor latente
Que tem remédio existente

Sinto uma pressão no peito
Um aperto restrito
Que me tira o juízo


Dentro um grito contido
Um medo bandido
Um temor escondido

Fora um semblante abatido
Um choro perdido
Em busca de abrigo

Meu diagnóstico é saudade
Agravado pela angústia do tempo pedido

E nessa abstinência
Só me resta paciência.

Mas não me custa um aviso:
É de você que preciso!

É PERIGOSO SER FELIZ?















Sempre acreditei que ser feliz fosse uma obrigação de todos nós, que devemos sempre correr atrás da felicidade e agarrá-la com todas as forças para não deixá-la escapar.

Afinal de contas, ninguém adora a infelicidade, certo?

Sinceramente eu pensava assim até alguns minutos atrás, mas nesse exato momento, acredito que as pessoas têm medo de ser felizes, de se sentirem bem e completas.

A infelicidade acaba sendo uma maneira de se manter uma agitação, pois ela movimenta os dias, enquanto que a felicidade nos traz calmaria.
A infelicidade nos faz pensar nos nossos problemas, defeitos e está quase sempre relacionada à assuntos do passado, que preferimos arrumar desculpas aos seus assombros, a dar um basta.
Já a felicidade nos deixa livres de tais pensamentos, ou se os temos é com a clareza exata e sem desespero ou desesperança.
A infelicidade nos faz um redemoinho por dentro, enquanto a felicidade mantém a casa sempre em ordem.
A infelicidade nos deixa solitários, amargos, isolados, já a outra nos faz querer compartilhar, dividir, doar.

Existem pessoas capazes de sabotar a própria felicidade, por não se sentirem merecedoras de tal dádiva.
Só que essas pessoas se esquecem que felicidade é algo que não se rejeita, que não se pede tempo ou se solicita pra voltar mais tarde.
A felicidade é tirana se maltratada, pode se revoltar e aí será tarde demais.
É melhor tê-la como amiga, como companheira, a tê-la como uma velha conhecida que não se tem mais notícias, ou apenas conhecê-la de vista.

Dizem que é perigoso a gente ser feliz, mas eu não me importo, quero correr todos os riscos.
Olhar pra trás sem arrependimentos, sem medo de ter lutado pra conquistar algo tão raro.
Quero sorrir pra felicidade e ser retribuída com um sorriso escancarado.
Da felicidade quero também o seu amparo.

* Foto Googleada