quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

ANTEVER...

É sábado.
O despertador estava programado para às 4:00 da madrugada, mas nem havia necessidade, pois a ansiedade é pontualíssima, não perde nunca a hora, mesmo porque já vivia em constante insônia pela expectativa do encontro de logo mais tarde.
O coração batia rápido, como as asas das borboletas no estômago, tão alvoraçadas que não conseguiam nem pousar.
De um único salto, pulei da cama, desliguei o despertador, peguei minha roupa e fui tomar um banho para tentar disfarçar um pouco a cara amassada, as olheiras e buscando ao menos um pouco de relaxamento.
Depois do banho e devidamente arrumada, fui tomar meu café da manhã. Foi quando me dei conta que meu apetite era inexistente, minha fome era outra. Todavia, belisquei alguma coisa, precisava estar no aeroporto às 5:00.
Ajeitei tudo, escovei os dentes, conferi se não estava me esquecendo de nada, peguei a mala e segui rumo à felicidade.
No aeroporto tudo tranquilo e parecia que o vôo chegaria no horário, agradeci aos céus por isso, pois não suportaria atrasos.
Check-in feito, me despedi dos que ficariam e segui sorridente para a sala de embarque.
Nem me lembrei que morro de medo de avião.
Olhava pro relógio em meu pulso de um em um minuto, o que pareceu demorar uma eternidade. Finalmente uma voz anunciou:

_ Senhores passageiros, dirijam-se à sala de embarque, última chamada para o vôo 8888, com destino ao paraíso.

Respirei fundo, as borboletas ainda continuavam ensandecidas, naquele momento mais do que nunca.
Subi as escadas, me dirigi ao meu assento, fiquei na janela para não perder nenhum detalhe.
O vôo durou uma hora, nesse período meu pensamento voou longe, fiz possíveis diálogos imaginários na minha cabeça, exerci os dois papéis. Imaginei como seria o tão esperado encontro, as primeiras palavras ditas e o que viria logo após essas palavras. Minhas feições mudavam constantemente, ora sorrindo, ora mordendo os lábios e olhando para cima e voltando a sorrir. Sempre um semblante de tranquilidade e paz.
No MP3 nossa trilha sonora embalava meus pensamentos e alimentava mais ainda minha imaginação e a vontade de chegar logo o momento de estar de frente ao meu amor.
O piloto informou que já iríamos aterrissar. Já era hora - pensei comigo.
Desci, fui em direção às bagagens, localizei logo a minha na esteira, a peguei e fui procurar a próxima condução, mais uma hora ainda nos separavam.
Mais pensamentos povoaram a minha cabeça e a cada minuto passado, mais feliz ficava.
Avistei o prédio, avisei ao motorista que iria descer.
Agradeci, paguei, peguei a mala e liguei pro meu amor.
Sua voz ansiosa, seu falar ligeiro, estava ainda mais ligeiro pela ansiedade do encontro.
Lhe disse pra respirar fundo, que eu faria o mesmo.
Abri a porta do prédio.
Mas acabo de me decidir que paro por aqui...
Não vou antecipar esses fatos, os próximos passos quero que sejam surpreendentes, até pra mim que já imaginei como podem ser...
Pois, que venha sábado porque eu já estou preparada...

5 comentários:

Anônimo disse...

Viajei no texto...

Mara faturi disse...

Bem, o que dizer dessa espera, dessa busca... Frio na;)
...e que venha o sábado*)
baci!

Moni Saraiva disse...

Premonição, previsão, sexto sentido, intuição... Tudo misturado...

Que seja explosão!!!

Mara faturi disse...

Modeusiiiiiiiiii,
corramarlinda esses olhares;)
amei!!!
baci**))

Anônimo disse...

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