Ontem assisti a um filme que se chama AMOR MAIOR QUE A VIDA.
É um filme regular, nada de espetacular, mas que me fez pensar, refletir, chorar horrores.
No entanto o que ficou claro pra mim é que por mais que o filme fosse realmente emocionante e com alguns momentos de choro, eu me acabei, chorei tudo que eu precisava chorar, depois de um dia difícil, de um dia de desentendimento, de um dia estressante.
Chorei por mim, o filme foi só um subterfúgio, ou melhor ainda, como diria Martha Medeiros em uma das suas crônicas que li recentemente, 'um álibi providencial'.
Chorei de soluçar, de ficar inchada, (não que eu não tenha chorado nos dias anteriores, mas ontem, me dei ao luxo de extrapolar.)
Me identifiquei muito com os dois personagens, pelo meu momento atual.
O filme mostra um casal que se ama intensamente, mas que por obra do destino, eles se separam, não direi o motivo da separação, porque caso queiram ver o filme terão todas as surpresas ainda frescas.
Uma cena em especial me marcou muito, foi quando eles se reencontram e o diálogo entre Sarah e Fielding é exatamente assim:
F: Por favor não vá.
S: Mas agora nossas vidas nos distanciaram tanto, parece errado achar que devemos ficar juntos.
F: Mas ainda acho.
S: Eu também, mas... acho que sei a razão.
F: Qual?
S: Porque é o que nós queremos
Mas...
Pouquíssimas pessoas conseguem aquilo que querem.
E os que conseguem...
Realmente não são os felizardos.
F: Não são?
S: Não.
F: Quem são?
S: Aqueles que fazem o que deveriam ter feito.
Esse diálogo parece ter sido escrito pra mim, pois se encaixa tanto, que quase pensei estar na cena, só que os personagens não seriam Sarah e Fielding...
Phoda né?
Às vezes fazer algo que QUEREMOS é inversamente proporcional ao que DEVEMOS fazer...
E não pensem que apenas não o fazemos por medo, não é medo, é só porque temos noção EXATA do que acontece no real. E pra evitar certos flashbacks entramos nessa batalha constante e árdua entre QUERER x DEVER.
E nessa batalha incansável somos nós os 'nocauteados'...
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