Existem duas afirmações que JAMAIS poderiam sair da nossa boca, são elas:
- Nunca mais vou me apaixonar de novo;
- Estou trancada/o para o amor.
De duas uma, ou nos enganamos querendo acreditar nisso, ou apenas nos esquecemos que somos meros hóspedes do nosso corpo.
Quanto menos esperamos, vem uma flecha vindo de todas as combinações possíveis e imagináveis dos pontos cardeais, e nos acertam em cheio.
E o que acontece depois?
O tal vidro, a tal proteção que estava posicionada sobre o coração, parece que some como um passe de mágica, o que foi dito com tanta convicção, fica parecendo uma roba da niente, sim, uma coisa insignificante, pois abaixamos todas as nossas guardas e começamos a ver passarinhos verdes, corações, cupidos a todo momento.
Mas que diabos está acontecendo comigo?
É o que pensamos; e obtemos como resposta uma batida forte do coração dizendo:
- Helloooooooo! Acho que você se esqueceu quem manda aqui!
Esquecer, esquecer não é bem a palavra, é apenas uma tentativa frustrada de burlar esse músculo intrometido, que acha, OPS! que tem cer-te-za que pode fazer e desfazer da gente e dos nossos sentimentos como bem entende.
Sim, eu disse desfazer, porque esse danadinho, quando cisma que encontrou um outro 'Q' a mais em outra pessoa, que irá te completar mais, que a pessoa atual, esse sacaninha sem nenhum aviso prévio, decide que está na hora de inovar, mudar e pede ajuda ao seu comparsa, sr. Cérebro, para ajudá-lo nessa nova empreitada.
A mesma coisa acontece, porém sem tantos efeitos colaterais, se você está solteira/o e não quer se envolver.
Parece pirraça, porque ele vai trabalhando na surdina e do nada TCHANRAN! Tudo fica mais colorido, mais bonito, mais intenso e tudo começa de novo.
Os dois são uma mini-gang, mas com poder de fogo invejado por potências mundias.
O esquema é o seguinte:
O sr. Cérebro através do alto poder de persuasão do seu grande amigo do peito, começa a enviar torpedos ao alvo, também conhecido como hospedeiro. Esses torpedos não são nada mais, nada menos que flashes de pensamentos, imagens, cheiros, sons, usam também uma tecnologia avançada chamada deja vu, e começa a povoar a/o coitada/o da vítima, de forma constante e irritantemente delirante.
Conclusão, você que estava quieta/o, na sua, em paz, acreditando piamente que o que VOCÊ ordenou que aconteceria e que love don't live here anymore, como cantou Madonna nos anos 80, e que você adotou como sua trilha permanente, agora se encontra diante de uma cilada, você acaba de se tornar refém desses dois bandidos de perigosidade altíssima, e o pior de tudo, você descobre que quer pagar resgate, mas para continuar refém do amor.
E nessa meravigliosa confusione, está lá você com os bracinhos erguidos, gritando:
EU ME RENDO!
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